quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Bancários aceitam acordo e encerram greve
[caption id="attachment_2114" align="alignnone" width="620"] Bancários do Distrito Federal votam durante assembleia no Setor Bancário Sul, nesta quinta (6)[/caption]
Bancários encerram greve; Caixa mantém greve em alguns estados Sindicatos regionais realizam assembleias nesta quinta.
Categoria aceitou 3ª proposta feita por bancos, de reajuste salarial de 8%.
Após 31 dias de paralisação, bancários de todos os 26 Estados, mais o Distrito Federal, já decidiram nesta quinta-feira (6) encerrar a greve da categoria após mais de um mês. As agências voltam a funcionar nesta sexta-feira (7). Há diversos sindicatos regionais discutindo neste momento se aceitam ou não a proposta dos bancos para encerrar a greve.
A exceção são algumas agências da Caixa. Servidores do banco rejeitaram a proposta em várias cidades do país.
A terceira oferta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional do Bancos) na noite de quarta-feira foi de reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500. A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real.
Polícia Federal faz operação contra desvio de verbas da saúde no MA, TO e GO
[caption id="attachment_2110" align="alignnone" width="631"] PF realiza operação contra desvios de verbas da saúde (Foto: Divulgação/PF-MA)[/caption]
Policiais federais cumprem nesta manhã 32 mandados judiciais. Duas operações ocorrem em cinco cidades.
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deram início na manhã desta quinta-feira (6) à segunda e à terceira fase da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de verbas da saúde. Policiais federais, com apoio da CGU, cumprem nesta manhã 32 mandados judiciais – sendo três de prisão preventiva, 12 de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão – e bloqueio judicial de bens a apreensão e sequestro de uma aeronave, em São Luís e Imperatriz, no Maranhão; Araguaína, Palmas , no Tocantins; e Arenópolis, em Goiás.
Aeronave esteve entre apreensões efetuadas pela PF (Foto: Divulgação/PF-MA)
Na segunda fase, denominada de Operação Abscôndito, as investigações identificaram que o grupo criminoso agiu no sentido de destruir e ocultar provas, incluindo a venda suspeita de uma aeronave objeto de decisão judicial, após o possível vazamento da Operação Sermão aos Peixe, em novembro de 2015.
saiba mais
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A outra fase da operação, batizada de Voadores, apurou o desvio de cerca de R$ 36 milhões através do desconto de cheques e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos envolvidos, incluindo o saque de contas de hospitais.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa, de peculato e de lavagem de capitais.
Operações
A operação que apura o embaraço à investigação foi denominada Abscôndito, que significa ‘escondido’, em alusão à ocultação e destruição de provas.
Já a operação Voadores se refere à técnica empregada de desviar recursos públicos por meio de cheques.
Relembre o caso
Na Operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de 2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de verbas da saúde pública no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão, Pernambuco, Tocantins e Goiás.
À época, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. O nome da operação foi alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1.654, falou sobre como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.
Ricardo Murad, ex-secretário de Saúde do MA
(Foto: Biaman Prado/O Estado/Arquivo)
(Foto: Biaman Prado/O Estado/Arquivo)
Entre os mandados de condução coercitiva, esteve o do ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad. Segundo a PF, o ex-secretário teria se utilizado do modelo de terceirização da gestão da saúde pública estadual. Ao passar a atividade para entes privados – seja em forma de Organização Social (OS) ou Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) – ele teria fugido dos controles da Lei de Licitação, empregando profissinais sem concurso público e contratando empresas sem licitação.
Em nota, o ex-secretário Ricardo Murad negou as informações sobre desvios bilionários durante sua gestão no órgão.
Promotor é preso por desacatar desembargador no Tribunal de Justiça-MA
O promotor Carlos Serra Martins (foto acima) foi preso e saiu algemado, hoje (6), de uma audiência no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
A ordem de prisão foi dada pelo desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, no Pleno do TJMA, por desacato.
O Blog do Gilberto Léda já entrou em contato com o desembargador José Joaquim e com o Ministério Público do Maranhão (MPMA) e aguarda retorno para mais detalhes sobre o ocorrido.
Histórico
O promotor Carlos Serra já tem histórico de confusões no Maranhão. Em agosto de 2014 ele teve a prisão pedida pelo próprio Ministério Público, num processo sob relatoria do desembargador Jorge Rachid (reveja).
Nesse caso ele é acusado de prática de crimes ambientais e de prestar informações falsas a agentes de fiscalização do Ibama (saiba mais).
Antes, em fevereiro do mesmo ano, ele havia sido afastado das funções por decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) – releia.
Disparos
Também em agosto daquele ano Carlos Serra Martins chegou a ser conduzido ao Plantão Central do Cohatrac, de posse de uma escopeta calibre 12 e uma pistola calibre 380, além de munições.
De acordo com o procedimento policial, o promotor de Justiça teria disparado por três vezes em direção a um homem, em virtude de discussão sobre a propriedade de terras na localidade Iguaíba, em Paço do Lumiar. Durante sua condução à Polícia Civil, Carlos Serra Martins também teria ofendido os policiais militares que o acompanhavam e agredido a vítima.
Com informações do blog do Gilberto Leda
Nova proposta da (Fenaban) pode por fim à greve dos bancários
Bancos propõem reajuste de 8% nos salários e 15% no vale alimentação. Bancários farão assembleia nesta quinta (6) para avaliar as propostas. Greve paralisou serviços em todo o país e já dura mais de 30 dias.
A Federação Nacional do Bancos (Fenaban) informou nesta quinta-feira (6) que ofereceu aos bancários em greve há um mês reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500. A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15%, no vale alimentação.
Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
A reunião entre os bancos e os trabalhadores ocorreu na véspera. De acordo com a federação, os bancários farão assembleia nesta quinta-feira, às 17h, para decidir se aprovam a proposta e encerram a greve. A Fenaban também garantiu que não haverá compensação dos 30 dias parados durante a paralisação.
Os bancários pedem a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Duas novas propostas foram apresentadas depois do início da paralisação, nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
A greve dos bancários completou 30 dias nesta quarta-feira. É a maior paralisação da categoria desde 2004, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Até o dia anterior, a paralisação havia fechado 13.104 agências e 44 centros administrativos, o que representa 55% do total de agências de todo o Brasil.
O dia em que foi registrado o maior número de agências fechadas foi 27 de setembro, quando 13.449 fecharam as portas.
Historicamente, a greve mais longa da categoria foi em 1951. Durou 69 dias e resultou na criação do dia dos bancários.
Desta vez, a greve entra no seu segundo mês. Os bancos e os bancários não conseguem chegar a um acordo sobre o dissídio da categoria.
Transtorno
A paralisação tem causado problemas para quem precisa fazer operações bancárias. Algumas situações não podem ser resolvidas em canais de autoatendimento e outros recursos alternativos.
Veja como pagar contas durante a greve dos bancários
GREVES ANTERIORES | ||
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2011 | Duração | 21 dias |
Reajuste pedido pelos bancários | 12,8% | |
Reajuste conseguido após negociação com os bancos | 9% | |
Inflação do ano anterior | 5,91% | |
2012 | Duração | 9 dias |
Reajuste pedido pelos bancários | 10,25% | |
Reajuste conseguido após negociação com os bancos | 7,50% | |
Inflação do ano anterior | 6,5% | |
2013 | Duração | 23 dias |
Reajuste pedido pelos bancários | 11,93% | |
Reajuste conseguido após negociação com os bancos | 8% | |
Inflação do ano anterior | 5,84% | |
2014 | Duração | 7 dias |
Reajuste pedido pelos bancários | 12,5% | |
Reajuste conseguido após negociação com os bancos | 8,5% | |
Inflação do ano anterior | 5,91% | |
2015 | Duração | 21 dias |
Reajuste pedido pelos bancários | 16% | |
Reajuste conseguido após negociação com os bancos | 10% | |
Inflação do ano anterior | 6,41% |
Esse é o caso da dona de casa Claudia Erika Silva da Cruz, 23 anos, de Caraguatatuba(SP). Seu marido trabalhava como frentista em um posto de gasolina, mas foi dispensado e não consegue sacar o seguro-desemprego. “Quando ele foi dar entrada no seguro-desemprego, teve que abrir uma conta na Caixa. Só que o cartão não chegou e deram um provisório”, relata. “[Sem o cartão definitivo] Ele tinha que sacar na agência em que ele abriu a conta, em São Sebastião. O primeiro mês deu para sacar. O segundo não, porque entrou em greve, não deu para fazer mais nada”, diz. “E o cartão não chegou.”
O casal tem uma filha de 8 meses, e o benefício é atualmente a única fonte de renda da família. “Meu marido está fazendo uns bicos, mas com bicos não dá para contar”, reclama Erika.
Valdenir Jose de Sousa, de São Paulo, está desempregado há um mês e não consegue sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e dar entrada no seguro-desemprego. “A gente liga na ouvidoria e ninguém passa informação nenhuma. Já venceu o aluguel, tem [fatura do] cartão de crédito dia 8. O dinheiro que eu tinha sobrando já foi todo”, preocupa-se.
Com bancários em greve, veja como ficam os saques do FGTS
Em Maceió, o auxiliar de serviços gerais Isac de Lima, de 23 anos, não consegue receber seu salário porque está sem o cartão da sua agência. Ele disse que o cartão chegou antes do início da greve, mas não conseguiu buscar.
"Faz tempo que estou tentando receber e não consigo. Só estou podendo sacar dentro da agência e não recebi os dois últimos salários por isso. É complicado porque tenho filho para criar e a situação está difícil."
Resposta dos bancários
O secretário de Imprensa da Contraf, Gerson Carlos Pereira, reconhece os transtornos causados pela paralisação, mas afirma que a greve é a única forma de a categoria buscar um reajuste que considera justo. “A gente pede desculpas para esse povo que está sofrendo nesses 30 dias, mas a gente também pede a compreensão deles”, diz.
“Ninguém gosta de fazer greve. Mas a população tem que entender também que somos pais de família, nós pagamos nossas contas também. Então nós precisamos também ter um salário justo", diz Pereira.
Alternativas
A Febraban lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
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