terça-feira, 14 de novembro de 2017

Presidente da Assembleia do Rio é levado para a Polícia Federal

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), chegou ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por volta das 8h desta terça-feira e foi imediatamente levado pela Polícia Federal para depor. Procuradores responsáveis pela operação Cadeia Velha, deflagrada nesta terça, pedem a prisão do deputado estadual e de outros dois parlamentares, apontados na investigação como chefes de um esquema de propina em troca de decisões favoráveis ao setor do transportes.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) deve analisar na quinta-feira se considera o flagrante dos crimes, o que abriria possibilidade de prender o trio. Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, só nao foram presos nesta terça-feira porque a Constituição estadual, no Artigo 120, estabelece como única possibilidade de prisão provisória o flagrante de crime inafiançável, à exceção de casos com licença prévia da Alerj. As autoridades solicitam ainda o afastamento dos três das funções públicas.

Os procuradores sustentam que o flagrante existe porque o trio de parlamentares comete até hoje crime continuado de lavagem de dinheiro, já que o esquema não cessou, de acordo com a investigação. O esquema teria começado nos anos 1990, pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso em novembro do ano passado. Trata-se da mais importante ofensiva contra a corrupção no estado desde então.

A PF cumpre mandados de condução coercitiva contra os três deputados e contra Alice Brizola Albertassi. Há ainda mandados de prisão temporária de Felipe Picciani, filho do presidente da Alerj e gerente da Agrobilara, empresa que gere os negócios da família. Serão presos temporariamente Ana Claudia Jaccoub, Marcia Rocha Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento.

Os agentes também vão prender, em caráter preventivo, Jorge Luiz Ribeiro, Carlos Cesar da Costa Pereira, o Carlinhos da Art Sul, o ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira e os empresários de transportes Jacob Barata Filho e José Carlos Lavouras. Barata Filho e Lélis Teixeira já haviam sido presos na Operação Ponto Final, da qual decorre a Cadeia Velha.

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