terça-feira, 24 de março de 2020

Governador do Maranhão comemora suspensão de cortes do Bolsa Família no Nordeste e fala em possível “discriminação regional”

Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a medida federal que pretendia suspender o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família prejudicava especialmente a população do nordeste brasileiro.

Dino acredita que “pode estar havendo uma espécie de discriminação regional” por parte do governo Jair Bolsonaro (sem partido), com os beneficiários nordestinos.

A avaliação foi feita nesta segunda-feira (23/03), durante entrevista do governador à TV Mirante, quando ele comemorou decisão do ministro do STF, que concedeu liminar suspendendo cortes no programa durante a pandemia de Covid-19.

“Pode estar havendo uma espécie de discriminação regional que naturalmente é incompatível com a Constituição. Há uma assimetria. O Nordeste está perdendo mais Bolsa Família do que outras regiões do país”, disse o governador.

Flávio Dino faz referência a decisão do governo Bolsonaro, que previa reduzir em 158.452 o número de beneficiários do Bolsa Família, sendo 96.861 da Região Nordeste.

Lacuna

Durante reunião virtual com os governadores do Nordeste, Jair Bolsonaro anunciou repasse de R$ 88,2 bilhões para a região enfrentar a pandemia, mas não sinalizou medidas em apoio aos vendedores informais. Segundo o IBGE, o Maranhão tem a segunda maior taxa de informalidade do Brasil (60,5%).

“O pacote apresentado pelo presidente da República tem uma grave lacuna que é a questão social. Temos uma preocupação toda especial com a renda dos autônomos, dos informais, porque consideramos que esse é um compromisso inafastável e ao mesmo tempo uma medida inteligente de manter a economia funcionando”, pontuou Dino.

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